Você já participou de uma grande mudança numa empresa, como uma fusão, um sistema de gerenciamento totalmente novo (ERP) ou uma troca da direção-geral?
Se sim, você provavelmente recebeu muitas comunicações, dependendo da sua posição participou de muitas reuniões e o ambiente ficou tenso por vários meses, ou foi diferente?
Já pensou em qual é o elemento mais importante na mudança e normalmente não mencionado em nenhum dos planos de mudanças?
Pare um pouco e pense…
Talvez a qualidade da comunicação, a atuação da direção-geral, os treinamentos ou talvez os novos processos. Sim todos são importantes, e normalmente são tratados no planejamento da mudança num grau de detalhes maior ou menor.
Porém, existe um sujeito, que é normalmente tratado como algo menor ou nem mesmo é mencionado nos planos de mudança.
Ele ou ela, direcionam o dia a dia de cada funcionário, conhecem cada um e se forem bons gestores sabem o que motiva cada um de sua equipe e em que momento de carreira cada um está. Eles indicam as promoções e pedem as demissões por baixo resultado ou por uma má atitude.
Apesar de todo esse poder, eles costumam ficar fora do plano.
E são eles que vão ajudar ou sabotar (com toda boa intenção) a aplicação do treinamento no dia a dia, são eles que vão explicar de novo, bem ou mal, a comunicação sobre a mudança que está ocorrendo. São eles que vão dizer para os funcionários se devem dar atenção ou não ao que a direção-geral está falando. São eles que vão incentivar ou não os mais engajados na mudança.
Lembro até hoje do discurso de um dos meus chefes com poucas habilidades, descrevendo como seria a vida depois de a empresa nacional ter sido adquirida por uma multinacional.
Foi aproximadamente assim:
Não se preocupem, esta é quarta empresa que trabalho na minha carreira, e lidei muito bem com o fechamento das outras três empresas e com os processos de demissões que passamos!
Você pode imaginar, que a partir daí o medo se instalou na área e toda a comunicação subsequente da mudança que chegava para nós, parecia só um prelúdio do pior que estava por vir.
No final a empresa ficou muito melhor e só ele foi demitido, mas o novo chefe passou um bom tempo restabelecendo a confiança do pessoal na mudança em andamento.
Então da próxima vez que for considerar uma mudança, pense bem em como os gestores “lá de baixo” vão ser engajados.
Minha sugestão para você é que os considere como um grupo chave a parte, treine-os, informe-os e mantenha contato (e controle) constante com eles. Se possível encontre forma de avaliá-los pelo engajamento da equipe na mudança.
Quer saber se essa dificuldade com os gestores “do chão de fábrica” está ocorrendo na sua empresa?
O jeito mais simples é no final de algum treinamento ligado a mudança, perguntar as participantes o que acharam e se ouvir: - “ótimo, mas meu gestor deveria estar aqui”. Você saberá que o colaborador já está antevendo a sabotagem não declarada do seu gestor, pois esse provavelmente não trabalhou o porquê e para que o colaborador estava lá.
Lembre-se eles podem ser seus melhores amigos ou inimigos nesse processo.
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