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Narrativas & Storytelling: O impacto da autoempatia na construção das histórias pessoais.




“Os cientistas dizem que somos feitos de células, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias”, seguindo por este caminho de compreensão oferecido pelo jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, somos um corpo pleno de histórias, aquelas que herdamos, as tantas outras que construímos a partir do meio e cultura que estamos inseridos, das pessoas que nos relacionamos e dos eventos vividos e pelas crenças (verdades) que as regem.


Se as colocarmos neste lugar “orgânico”, por que não precisariam passar por um check-up de tempos em tempos também?

As crenças que participam das suas histórias são alavancadoras ou são limitadoras? Colaboram para ações criativas e inovadoras ou te mantem colhendo os mesmos resultados? Perdas estão te afetando?


Para Michael White, as pessoas vivem através das histórias, as que contam, ouvem, imaginam, sonham ou gostariam de contar. Assim, as histórias constroem o relato da vida de cada um e estão sempre inconclusivas.


Se são inconclusivas, a “síndrome de Gabriela”, inspirada no trecho da música de Dorival Caymmi eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim.”, poderia estar presente em momentos da vida que as histórias parecem estar saturadas de problemas e que pouco se consegue enxergar algo além do que vem sendo apresentado pelos eventos que fortalecem esses problemas ou movimentar-se para provocar alguma mudança.


No momento em que escrevo este texto, o Brasil chega à marca de 295.425 vidas perdidas por covid-19 e uma constelação imensa de pessoas enlutadas pela morte de seus entes. Entendendo o luto como um processo disruptivo na vida de alguém. Este cenário pandêmico se soma a que histórias pessoais que compõem seu universo particular?


Para Alice Morgan, “há muitas histórias acontecendo ao mesmo tempo, e diferentes histórias podem ser contadas sobre os mesmos eventos. Nenhuma história pode estar livre de ambiguidade ou contradição e nenhuma simples história pode encapsular ou conduzir todas as contingências da vida”.


Dizem que este momento, representado por várias crises e desestruturações, pode ser um convite a uma pausa para colocarmos o que precisamos em ordem, revisitando as narrativas pessoais a favor do que se espera viver daqui para frente.

Se pretendemos dar foco na construção ou reconstrução das próprias histórias, o primeiro passo é praticarmos a autoempatia, ou seja, sermos empáticos conosco, começando pela prática da escuta atenta e acolhimento às narrativas que nos constituem. Oportunidade para a promoção do autoconhecimento, quando os enredos que embalam o protagonista que existe em nós, são colocados em perspectiva, atitude e ação que demandam comprometimento e um certo senso de urgência, afinal, por que não hoje? E se não agora, até quando ficaremos protagonizando desta forma?


Para as práticas narrativas, “o mapa não é o território”, ou seja, as histórias que conseguimos enxergar não contém todas as experiências que nos pertencem. E nesse espaço, além do mapa, estão as competências, as possibilidades e novos entendimentos de quem somos, que não estão sendo considerados nas histórias vigentes, nas que chamo de “carros-chefes”.


Os impactos da autoempatia podem ser percebidas nos grupos e nas empresas. Pessoas que estão mais conectadas com suas histórias, amparadas em suas vulnerabilidades estão mais preparadas para serem empáticas com o outro, o que favorece a cocriação de narrativas coletivas em prol de um objetivo comum.


Você pode conferir um pouco mais sobre este assunto assistindo esta live no YouTube da Flyflow:




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