Aquele treinamento online obrigatório era tão chato que João Pedro pulou pela janela do 7º andar, em plena segunda-feira. Samira, a diretora de RH, olhava o corpo, logo na entrada do prédio, ansioso pela chegada da perícia e sem imaginar que ela era a assassina.
Exageros a parte, muitos treinamentos online, são muito chatos, demandando uma determinação de atleta olímpico para concluí-los, os segundos viram minutos, e os minutos parecem horas, e o miserável aluno imagina se o tal curso seria uma punição pelas borboletas que amarrou quando criança. Conhece alguém que já se sentiu assim?
Mas existem muitas boas justificativas para treinamentos online síncronos ou assíncronos, como melhores custos operacionais, capacidade de distribuição, disponibilidade e controle.
Foi por isso que Samira, a tal diretora de RH assassina, disponibilizou muitos treinamentos online com os mais variados conteúdos e ainda amarrou eles com o crescimento na carreira. Sim, ela é extremamente bem-intencionada e estruturada, mas não sabe que é muito má com os colaboradores.
Histórias de terror a parte, existem caminhos para que os treinamentos online ensinem e sejam entretidos. Gamificação é um deles, mas você pode ir mais longe e criar um jogo que ensine, em inglês são os “serious games”. Na gamificação você usa estrutura de jogos, como pontuações, mas nem todos os elementos de um jogo estão lá, como metas, por exemplo, simplificando gamificar é uma metodologia que se utiliza de elementos dos jogos. Já um jogo educacional, gamifica quase tudo e tem duas metas claras a serem cumpridas, ensinar e entreter, ou seja, João Pedro estaria vivo.
O lado negro da força é que o jogo educacional, demanda mais atenção, conhecimento técnico e criatividade que empacotar uma série de vídeos. O que quer dizer que se a avaliação for só de custos e não de retorno sobre o investimento (ROI) você não deve considerar fazer ou utilizar um jogo educacional.
Agora se você acredita que os resultados devem justificar os gastos, então existem muitos casos em que jogos podem ser a opção mais correta.
Os principais casos são:
· O resultado da formação tem que ser muito efetivo e rápido e a demanda é recorrente, por exemplo, se sua empresa tem uma grande rotatividade de pessoas e está muito caro para treinar os novatos de forma contínua.
· Seu público-alvo, não percebe a relevância do conteúdo a ser absorvido, por exemplo, riscos profissionais, raros, mas críticos.
· Necessidade de vivenciar situações que ocorrem dispersamente, por exemplo: atendimentos complexos de clientes ou auditorias
· Situações que podem ocorrer, mas que só podem ser simuladas, como montagem de equipamentos únicos ou muito caros.
· O custo de manter instrutores ou cursos atualizados é alto, como o que ocorre com equipamentos medicinais de ponto.
· Promover aquisição de conhecimento sobre um produto pelos clientes
E quando não usar jogos?
Jogos são alternativas que não se devem considerar quando o problema é (efetivamente) resolvível por caminhos mais simples como um treinamento convencional, gravação de um vídeo ou mesmo manuais.
Talvez você queira conhecer um jogo educacional. Então sugiro este feito pelo exército americano para atrair, mostrar um pouco do treinamento e da aplicação no mundo real. Veja mais em: https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/americas-army/
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