Vamos ao ponto, você deve conhecer várias áreas de desenvolvimento ou de treinamento, umas mais sofisticadas chamadas de Universidades corporativas e outras tão pequenas que são só parte do RH.
Como exemplo do que digo, veja este congresso virtual oferecido pela Educorp ocorrido no ano de 2020, você verá 25 palestrantes de grandes empresas (como Claro, Bosh, Energisa, etc.) A maioria tem no título do cargo as palavras; educação, desenvolvimento ou treinamento. Indicando a missão dessas áreas. Cuidar de fornecer a melhor educação, desenvolvimento ou treinamento. Normalmente esse melhor é definido em função do alinhamento com competências vistas como necessárias para uma área ou função.
Vamos agora a uma situação esclarecedora. Por questões de orçamento, você tem que demitir o Luiz ou o Pedro que tem a mesma função. Esses dois profissionais, tem o mesmo salário, mesmo tempo de casa e não tem problemas de comportamento. Luiz fez todos os desenvolvimentos solicitados, Pedro fez metade de todos os desenvolvimentos solicitados. Luiz tem entregado exatamente o que é esperado dele e Pedro tem entregado 30% a mais do que Luiz. Quem você demite?
Provavelmente você demite o Luiz com muito pesar, mas você esta pensando no resultado da área e na sua cabeça como gestor, ou não é assim?
Fica mais claro pelo exemplo que o que importa no final é o que o funcionário produz e não o quanto ele foi desenvolvido.
Então, porque não temos áreas focadas em performance que também utilizam desenvolvimento no lugar de áreas de desenvolvimento que esperam performance?
As respostas que encontrei até agora são:
a) É muito mais fácil cuidar de desenvolvimento do que de performance. Metaforicamente pense em dar manutenção num carro versus ganhar uma corrida.
b) Boa parte das teorias administrativas que embasam essa abordagem vem do mundo acadêmico com um "mindset" afeito naturalmente ao desenvolvimento.
c) Existe uma indústria estabelecida de fornecimento de treinamentos, LMS, e-learnings, eventos, etc. que incentiva a manutenção das coisas como estão.
d) Uma zona de conforto organizacional (leia-se liderança orientada ao curto prazo), focada mais na doença (falta de competências) que na saúde (ambiente de crescimento)
Paradoxalmente existe um certo incomodo nas áreas de desenvolvimento quanto a percepção que são custos e não investimentos, e uma busca de se tornarem áreas estratégicas que resvala na dificuldade de trazerem provas concretas do retorno do "investimento" em desenvolvimento.
Está em dúvida se isso é verdade?
Peça o último cruzamento de produtividade ou resultados de negócio com participação dos treinamentos da sua área de desenvolvimento.
Achou?
Mas tem jeito de resolver isso.....
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